Mombucão

Cephalotrigona capitata

Nome Popular: Mombução, papa-terra, abelha-papaterra, currunchos, guare negro, mombuca, eiruzú, negrito, eirusú, eirusú-grande, mumbuca, bombuca, jiu-butu.

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A abelha Mombucão é muito mansa, vivendo em colônias grandes, localizadas em ocos de árvores. A entrada dos ninhos é pouco visível e de tamanho reduzido, não havendo tubo de entrada. Os favos de cria são geralmente helicoidais, mas também podem ser horizontais, ocorrendo células reais. Nesta espécie, ocorrem também rainhas miniaturas, provenientes de células de tamanho normal, como as usadas para a criação de operárias e machos. Há um invólucro em torno das células de cria. Os potes de alimento são grandes, podendo ter cerca de 4 cm de altura. A população dos ninhos é de 1.000 a 2000 abelhas. Uma característica muito importante da Mombucão é que ela necessita de muita umidade interna na colônia. Quanto mais umidade, melhor para a colônia.

– Ocorrência
A Mombucão é encontrada no Espírito Santo, em Minas Gerais, no Paraná, em Santa Catarina e em São Paulo.

– Morfologia
Cephalotrigona capitata  apresenta comprimento total de 7,5 a 10 mm, com corpo em sua maior parte mate e preto, com as margens do mesonoto e os lóbulos basais do escutelo amarelos. O abdômen é vermelho, ou todo preto, com as margens apicais dos tergitos amareladas. As asas são consideravelmente mais compridas do que o corpo, esfumaçadas e com nervuras ferrugíneas.

– Ninho
A abelha Mombucão nidifica em ocos de árvores, frequentemente bem próximo à base. A entrada do ninho é pequena e pouco visível.

– Mel
Seu mel é pouco saboroso.

– Ameaças
O desmatamento e a urbanização (inclusive a construção de estradas) são as principais ameaças a esta espécie, pois provocam a redução da disponibilidade de locais para a nidificação, considerando que para isso são necessárias árvores ocas, com troncos avantajados, restringindo paralelamente os recursos florais disponíveis. O desmatamento também provoca a fragmentação dos habitats, isolando populações que podem se tornar inviáveis do ponto de vista genético, uma vez que a endogamia pode ter consequências nefastas nos Meliponinae.

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